

Perda de dentes, cárie, mordida cruzada, dentes desalinhados e apinhados. As queixas de um paciente quando procura o atendimento de um cirurgião-dentista podem ser algumas das citadas anteriormente. Geralmente, além dessas queixas o paciente sente dor, tem problemas na fala ou na mastigação. Além disso, quando a saúde bucal está comprometida, problemas de autoestima e socialização dos indivíduos podem ser acarretados.
Pessoas com problemas dentários demonstram vergonha em sorrir, constrangimento e sentem-se inibidos ou com diminuição de confiança em si mesmos. Fatos que podem causar sentimentos negativos que levam, inclusive, à depressão. Um sorriso bonito e saudável significa qualidade de vida, transmite confiança e impressão de cuidado. O impacto da odontologia estética está na qualidade de vida das pessoas, além da aparência física, são questões fisiológicas e psicológicas.
Dessa forma, consideramos que os tratamentos odontológicos têm como objetivo tratar a saúde, devolver e melhorar a autoestima dos pacientes. São vários os procedimentos que ajudam nesse processo: aparelhos ortodônticos, realização de implantes dentários, cirurgias ortognáticas, reabilitação oral com coroas de porcelana, clareamentos, facetas e lentes de contato dentais e a harmonização facial.
Contudo, muitas vezes os pacientes procuram atendimento preocupados somente com a estética, nem todos percebem a importância da saúde da boca. É importante compreender a necessidade estética, mas também a manutenção da saúde. Desse modo, a escolha dos procedimentos que compõem o tratamento deve levar em consideração os dois aspectos, observando a queixa do paciente e sua expectativa, buscando equilíbrio entre as duas. A necessidade do paciente e sua busca estética podem gerar impactos positivos e negativos, que devem ser analisados com cuidado.
Atualmente, há crescimento na busca de tratamentos odontológicos estéticos e de harmonização facial fazendo com que a busca pelo perfeito aumente e, assim, os padrões aceitáveis pela sociedade se tornem mais críticos. Entretanto, cabe ao profissional cirurgião-dentista o cuidado com esses procedimentos, manter o equilíbrio entre saúde e estética e avaliar até onde uma estética “perfeita” pode influenciar na autoestima dos seus pacientes.
Devemos entender que a autoestima é indicativo de saúde mental por envolver-se, inclusive, em condições emocionais. Saúde não é somente ausência de doença, mas bem-estar e boa qualidade de vida.
Artigo publicado no jornal O Estado, escrito pela professora Clarice Fernandes Eloy, docente do curso de Odontologia da Unifametro.