

Durante o mês de outubro celebramos o Outubro Rosa, dedicado à conscientização sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce, aumentando significativamente as chances de cura.
O movimento teve início no ano de 1990 em um evento chamado “Corrida pela cura” que aconteceu em Nova Iorque, para arrecadar fundos para a pesquisa sobre a doença. No Brasil, ele surgiu em 2002 e a partir de 2008 as mobilizações se tornaram mais frequentes.
Para se prevenir, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as Sociedades Brasileiras de Cancerologia e Mastologia orientam que toda mulher depois dos 40 anos precisa fazer o exame de mamografia todos os anos e fazer o autoexame regularmente.
Como fazer o autoexame:
– Deite-se na cama, coloque um travesseiro fino embaixo do ombro esquerdo e leve a mão esquerda para trás da cabeça;
– Com a outra mão, apalpe a mama esquerda e faça movimentos circulares com a ponta dos dedos, verificando a presença de anormalidades;
– Coloque o travesseiro embaixo do ombro direito e repita os passos com a outra mama.
Sinais para se observar durante o autoexame:
– Mama inchada, com tamanho ou formato alterado;
– Mamilo secretando líquido sem que você esteja amamentando;
– Irritação ao redor do mamilo com vermelhidão, coceira ou ardência;
– Pequenas feridas ou lesões na mama;
– Região da mama “afundada” ou retraída, com prejuízo ao contorno;
– Caroço perceptível ao toque na mama ou na axila;
– Veia dilatada ou aumentando de tamanho na mama;
– Textura da pele alterada com surgimento de rugas ou aparência de celulite;
– Mamilo que mudou de posição ou virado para dentro (inversão);
– Dores nas mamas ou nas axilas.
Fisioterapia no tratamento
O tratamento se torna cada vez mais multidisciplinar. Um dos profissionais importantes nas fases da doença é o fisioterapeuta, porque ele age na prevenção, no pré e pós operatório. Para falar sobre o assunto, conversamos com a professora Patrícia Tadeo, do curso de Fisioterapia da Unifametro. Confira:
Quais os tipos de câncer precisam de fisioterapia? Qual a importância da fisioterapia no tratamento?
Patrícia Tadeo: A fisioterapia atua em todos os tipos de câncer. Nossa ação está voltada para as sequelas decorrentes do tratamento. Sua intervenção acontece no pré e pós operatório, nas sequelas de quimioterapia, radioterapia, tanto no ambiente hospitalar como ambulatorial. Temos atuação também na prevenção e promoção de saúde, alertando a população sobre os fatores de risco, assim como sobre os sinais que surgem no início da doença – uma vez que, quanto antes o mesmo for diagnosticado, melhor será o prognóstico. A fisioterapia também faz parte da equipe dos cuidados paliativos, dando conforto para aquele paciente que infelizmente possui um câncer em estágio avançado.
O câncer de mama precisa de fisioterapia? Como é a fisioterapia em pacientes que tratam esse tipo de câncer?
Patrícia Tadeo: Sim, o câncer de mama é um câncer que afeta tanto a parte motora do paciente (movimentos), como o sistema linfático e a sensibilidade. Atuamos no tratamento e prevenção do linfedema (complicação comum no pós operatório), liberamos aderências, restauramos a funcionalidade, auxiliamos na cicatrização da pele – lesionada pela radioterapia, além de atuarmos no resgate da autonomia e autoestima.